Interior
As mãos apertadas
Contra o peito
Batem palmas
Com medo
Ó de casa
Ninguém responde
O caracol dos cabelos
A dona esconde
As pálpebras
Abrem a janela
E as almas se debruçam
Na rua, os pares
Se balançam
Ao sonho de valsa
No coreto
Uma banda
O bumbo se apaixona
Tum Tum Tum Tum
Bate o coração
E as mãos batem palmas
Sem medo
As mão passeiam
Aos pares, dançando
Pelos ares
Os balões
Se entrelaçam
Enamorados
E os namorados
Calados
Sorriem
Essa é uma poesia multiversátil. Pode ser lida diretamente. Pode ser lida só nos versos negritados. É a versão sem medo. Pode ser lida só nos versos de tipo normal. É a versão com medo. Deve ser consumida imediatamente, enquanto ainda existem cidades do interior, coretos, bandas, Sonho de Valsa e outras anacronias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário