Escrito nos raros momentos de folga de uma jornada fatigante.

Consulte o dicionário do cinismo, no rodapé do blog.

Divulgação literária e outros babados fortes

Versos cretinos, crônicas escrotas e contos requentados. O resto é pura prosa.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Interior

Interior





As mãos apertadas
Contra o peito
Batem palmas
Com medo

Ó de casa
Ninguém responde
O caracol dos cabelos
A dona esconde

As pálpebras
Abrem a janela
E as almas se debruçam

Na rua, os pares
Se balançam
Ao sonho de valsa

No coreto
Uma banda
O bumbo se apaixona

Tum Tum Tum Tum

Bate o coração
E as mãos batem palmas
Sem medo

As mão passeiam
Aos pares, dançando
Pelos ares

Os balões
Se entrelaçam
Enamorados

E os namorados
Calados
Sorriem


Essa é uma poesia multiversátil. Pode ser lida diretamente. Pode ser lida só nos versos negritados. É a versão sem medo. Pode ser lida só nos versos de tipo normal. É a versão com medo. Deve ser consumida imediatamente, enquanto ainda existem cidades do interior, coretos, bandas, Sonho de Valsa e outras anacronias.









Nenhum comentário:

Postar um comentário